QUANDO DORME O AMOR
O amor quando dorme é amor que delira
a tristeza temente de triste abandono.
É o verso adverso que averso respira
a famélica farsa da falta de dono.
É o som que não sai do sonido da lira.
É a morte latente do senso no sono.
A carência de crer na visão que não vira
na tutela do tempo, que atarda o entono.
O amor quando dorme padece o penado
de se ver esquecido no instante do nada,
de perder-se futuro, presente ou passado,
Quando dorme o amor, a carência calada
intermete a inocência do senso ao pecado
e desperta a tenção passional, mal-amada...
Odir, de passagem
O amor quando dorme é amor que delira
a tristeza temente de triste abandono.
É o verso adverso que averso respira
a famélica farsa da falta de dono.
É o som que não sai do sonido da lira.
É a morte latente do senso no sono.
A carência de crer na visão que não vira
na tutela do tempo, que atarda o entono.
O amor quando dorme padece o penado
de se ver esquecido no instante do nada,
de perder-se futuro, presente ou passado,
Quando dorme o amor, a carência calada
intermete a inocência do senso ao pecado
e desperta a tenção passional, mal-amada...
Odir, de passagem