O SOLITÁRIO

O silêncio era ensurdecedor e lúgubre. Era tamanho que machucava a noite e a rasgava-a em fatias.

Enquanto isto, germinava junto a solidão,as saudades o entristecimento da ausência de seu prolongamento...O seu amor maior eterno.

Os dias passam preguiçosos empurrados pela noite.Mas as saudades teimam em ficar estagnadas em seu ser.Suas lágrimas molham um passado que vai encolhendo a tanta amargura que escorrem como ampulheta pelas suas mãos.

Dentro desta noite ele tenta emendar e juntar os farrapos que as amarguras rasgaras-as em seu todo.

Noite intensa,interminavelmente infinita.Em um repente a sua noite é tragada pelo amanhã, enquanto ele é engolido pela embriaguez que o embebedara nas saudades sádicas daquela noite anterior.

Cansado,cai inerte sob a solidão em um canto da busca incessante do velho amor.

Ainda embebedado pelo cansaço e sonolento, é sacudido pela tarde que o acorda para um novo dia dentro das possibilidades das impossibilidades que lhes são peculiares.

Mas as saudades...

Bem... as saudades será um alimento esfomeado que o fará crescer na busca do côncavo de seu convexo.

Assim serão os seus intermináveis dias. Um coração solitário que nos tropeços da sua solidão,busca os sonhos que nunca devem morrer.