Meros Arquejos
Há veios de anseios nas aras
Dos parcos e esparsos solfejos
Que entôo, em notas tão caras
Qual súplicas, meros arquejos.
Procuro canções em searas,
Aquelas que sinto e que vejo;
Que cheguem-me puras e claras
E banhem-me a alma no ensejo.
Somente as encontro em escaras,
Sem lira, sem rimas... sobejos...
Canônico som que não pára,
Que fere os ouvidos sem pejo,
Avilta a ferida e não sara,
Transforma o suspiro em bafejo.