SOLSTÍCIO DE GAIVOTA
Há manhãs de doces telas, em que os pássaros retornam...
Com o canto mais bonito entre todas as estações!
E a mim trazem a alegria sob um sol que nasce morno
A aquecer qual um carinho o inverno do meu coração.
Vêm de longe...Fugidios!-de antigas primaveras...
Prenunciam que a Terra movimenta-se com emoção,
No Solstício se despedem a queimar velhas quimeras
No Equinócio chegam cedo...sob a luz da imensidão!
Quem me dera fosse eu, ave de alma adormecida...
E assim despercebida, sobrevoasse o meu mar!
À procura das estrelas que na areia escurecida
Afundaram com o brilho que roubaram do luar...
Madrugada em que a vida...acontecesse distraída
Eu então mergulharia...para a noite iluminar...