Cantante Chiaroscuro
A antítese e o paradoxo dar-me-ão
Na essência o alvorecer-me a escurecer-me
No âmago e obscurecer-me ao esclarecer-me
A alvura, o chiaroscuro e a escuridão.
Verto a lágrima e inverto o sangue em mim,
E então converto em vinho as malvas águas
E sirvo-as em meu cálice de mágoas
A fim de inebriar do éter sem fim.
A alma está fria e o corpo semimorto,
Não há matéria e essência a ser primado,
Corpo e alma sem calor nem reconforto.
O poema e a poesia à arte vazia,
Dilema consumido e consumado.
Vazio o(h) poema! Vazia (h)á poesia!
(Angellus Lendarious)