CONFETE


É certo, sob o céu nada se altera,
Abóbada de luzes tão antigas...
E aquilo que buscamos sob as vigas,
Alguma proteção resta quimera.

As velhas estruturas e as intrigas
Percorrem corredores... Nossa era
Repousa sobre falcatruas, gera
Em nossos cidadãos, mais que fadigas.

E tudo no horizonte se repete:
Discursos e promessas corriqueiras,
Enganos de um favor inexistente.

Quem doa já reteve, previamente,
Consigo o bom montante, então, nem queiras
Saber. Tudo não passa de confete.


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