NO DECLIVE DESSE SENTIMENTO

 


Impunha-se no mérito afável,

A partilha do meu vil sentimento,

Do lume exacerbado arável,

Quão prístino que verte provimento.

 

Ébrio no cruzamento consolável,

Da escusa candonga é tormento,

Alvejando talvez, o conspurcável,

Que baniu o amor com fingimento.

 

É flanco doído implacável,

Desse teu elastério dobramento,

Quiçá! Ardil, certeiro e provável.

 

Evade meu afeto sem juramento,

Do clamor indomável e instável,

Eu não vou arrumar um sofrimento.

ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 19/08/2008
Reeditado em 03/10/2011
Código do texto: T1136312
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