Soneto a Fernando pessoa
Poeta! Doce, são tuas palavras, ricas e melodiosas,
Tênues, são teus sonhos e tuas visões; frágil teu coração!
Que estremece a cada cisão, do verso amargo deste teu mesmo coração;
Falante de coisas vãs ou das coisas ditosas!
Discursa tua boca de véspera, que mesmo ferida, tem ciosas
Palavras a serem bem ditas ou mal ditas,
E não é sem razão que quando choras, tuas lagrimas são preciosas
Estradas por onde discorre tuas lembranças interditas!
Poeta; na solidão do teu céu um anjo te feriu;
Tua mente irrompida pelo anjo torto esta aberta e sem solução,
Afirmo-te; é ingrata a tua profissão!
Dirás das coisas e de coisas, que passará a distância de quem... Ouviu e sorriu!
E mesmo que não confesses; ainda assim, por estes, terás gratidão;
E mesmo que sintas, irás sonetear, afirmando que nada sentiu!
Poeta! Doce, são tuas palavras, ricas e melodiosas,
Tênues, são teus sonhos e tuas visões; frágil teu coração!
Que estremece a cada cisão, do verso amargo deste teu mesmo coração;
Falante de coisas vãs ou das coisas ditosas!
Discursa tua boca de véspera, que mesmo ferida, tem ciosas
Palavras a serem bem ditas ou mal ditas,
E não é sem razão que quando choras, tuas lagrimas são preciosas
Estradas por onde discorre tuas lembranças interditas!
Poeta; na solidão do teu céu um anjo te feriu;
Tua mente irrompida pelo anjo torto esta aberta e sem solução,
Afirmo-te; é ingrata a tua profissão!
Dirás das coisas e de coisas, que passará a distância de quem... Ouviu e sorriu!
E mesmo que não confesses; ainda assim, por estes, terás gratidão;
E mesmo que sintas, irás sonetear, afirmando que nada sentiu!