AUGUSTO,JURO QUE TENTEI!
Numa metamorfose arroxeada morria
o entardecer num último e desbotado véu;
e de que serve a luz que rasga esse marnel
se um desepero a mais sempre se cria?
De que adianta essa luz se me resfria
com a descrença, me arrasta como um réu
e me serve um prato sarcástico de fel?!
Obumbra-me em teu seio, morte que se anuncia!
Já do sol a luz em mim não arde,
vai banhando-me a fria solidão das fragas;
só sinto em mim o espumejar púrpura da tarde.
Meus olhos são imersos numa dor suprema
e o corpo é corroido pelos vermes, pelas chagas;
dou-me por vencido, afinal; a noite é plena!