A Silvia Regina
UM SONETO AZUL
Um soneto compor de azul tingido
para cobrir as cores do que sinto,
sendo da mágoa o cinza não distinto,
indistinto o grená do amor fingido.
Um soneto de azul mais assistido
que disfarce o pretume que pressinto
nas linhas do horizonte, agora tinto
da brônzea cor do ocaso que hei vivido.
Um soneto de azul! Ah, coração,
como pintar de azul do amor o engodo,
como fazer do engodo uma canção?
Como compô-lo azul, se ao rapsodo
escurece do verso a inspiração
e o azul, o céu tomou-me todo?
Odir, de passagem
UM SONETO AZUL
Um soneto compor de azul tingido
para cobrir as cores do que sinto,
sendo da mágoa o cinza não distinto,
indistinto o grená do amor fingido.
Um soneto de azul mais assistido
que disfarce o pretume que pressinto
nas linhas do horizonte, agora tinto
da brônzea cor do ocaso que hei vivido.
Um soneto de azul! Ah, coração,
como pintar de azul do amor o engodo,
como fazer do engodo uma canção?
Como compô-lo azul, se ao rapsodo
escurece do verso a inspiração
e o azul, o céu tomou-me todo?
Odir, de passagem