PASSEIO


A caminhar na praça, ao fim da tarde,
Alimentar os pássaros com milho,
Eu sinto a sensação de ser covarde
Porque naquele espaço, só, eu brilho

Junto à pequena fonte onde eles bebem.
Eu brilho à luz do sol, manhã ao meio,
Num canto do jardim, revivo um éden
Nas alegrias simples de um passeio,

Colhendo aqui e ali, verbos gentis,
Alguns substantivos, bem precisos,
E afago interjeições que dizem, ai!

No lago ainda resiste a flor de lis,
Junto ao perfume forte dos narcisos
E a flor de magnólia que ali, cai.


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