O SILÊNCIO DE MEUS VERSOS
Espelho d’alma, o teu olhar me conta
coisas que ouvir de ti jamais quisera,
enquanto divaguei em ser espera
da crença que nutriu minh’alma tonta!
Teu olhar sem motivos se confronta
com meu olhar de sonhos e quimera.
Pudesse me falar de amor, quem dera!
esse olhar sem motivos que me afronta!
Desgosto intenso, desprazer agudo,
por teu olhar distal, sem conteúdo
aos olhos meus, em prantos submersos.
Olho os teus olhos que me dizem tudo,
vejo-te a boca que se cala e, mudo,
recolho-me ao silêncio de meus versos.
Odir, de passagem