FEIÚRA

A quem se ama não se atreve a alto estima

Escravizar-se nos tolos conceitos estéticos

Cilada que só aos inconformados vitima

Ditadura infame dos caros cosméticos

Carrega em si cada alma desabrochada

O belo lustro cintilante da natureza

E quanto mais aceita, querida, amada

Irradia magnífica luz de envolvente beleza

Eis o esplendor mais belo visto

Por outro que igualmente se ama

Só mesmo quem não tem previsto

Que tudo em si um dia descama

Correrá na vida o pior dos riscos:

Ser escravo d’uma pobre membrana

Jairo Lima

Jairo Lima
Enviado por Jairo Lima em 15/08/2008
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