Soneto Inacabado
Todo mortal verá a infeliz dor
Atroz debilidade em compreender
Visto que o fim está no surpreender
Brumas espessas num efêmero amor.
Temporária e caprichosa rebeldia
A consumir o desejo deste homem
Mortais vermes no jazigo carcomem
Na sepultura imunda o corpo perdia.
A catacumba do conhecimento
Na ciência do vil esquecimento
Assim lacrimeja a alma perdida.
Morrer é renascer e amar é viver
Aquela afeição que sempre aparece
Vidas se cruzam na morte da vida.
DR SLIM