FADA

Ao ouvir essa voz,  gentil,  cortês,
Entre mil guardarei no mais secreto,
Nos confins, onde a luz então se fez,
E cegou-me, ao não ser mais do que um veto.

Essa voz murmurou, dizendo assim:
- Se é um falso brilhante, quem repara?
Nessa dança, que apenas cabe a mim,
No “bandeide,” nem pense, ó minha cara;

A criança, ao crescer, terá seus calos.
Destruí meus fantasmas, sobra então,
Um vazio, onde mora apenas nada.

Se há coragem, então venha tomá-los,
Os espaços e esqueça o que dirão.
Traga junto uma estrela, minha fada.

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