MEDO


Na vã desilusão, na dura pena
O mundo nem me acena, e a dor invade
O vão onde me escondo, onde se encena...
Num palco sem platéia, sou metade.

Perfeita ribanceira: - eis a falena.
Criméia, onde ficaste, qual maldade
Disfarça o torpe mal, em luz serena...
Subir nesse telhado, pois quem há de?

Noviça em corredores estendidos,
Caminha e vai deixando seus ruídos,
Manchando esse silêncio necessário.

Partículas ou ondas, corolário...
A vida e as alternâncias! Vá! Encare-o
É seu fantasma (e o medo, assim, serena.)

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