PRISÃO NO VENTRE
Triste pássaro um gaiola d’ouro
Tuas notas soam um canto de melancolia
Sob essas asas todo teu tesouro
Só te enganaram com efêmera alegria
Brinda teu vôo em céu frio e cinzento
De ti escondendo o sol da liberdade
Posto não brilhar nos olhos do avarento
Que no orgulho cegou-se pra felicidade
Até quando te darás penosa prisão?
Contra tua vontade, ainda assim és igual
Ao mais simples e humilde irmão
Que de singelo e doce canto celestial
Muito mostra a esse teu pobre coração
Quão é belo e feliz o vôo espiritual
Jairo Lima