BRINCAR

Ao fim daquele arco colorido
No céu do bosque, lar dos meus passeios,
Existe um pote de ouro, tenho ouvido,
E nele deposito os meus anseios.

Resguardo, numa caixa de segredos,
Moedas com efígies bem variadas.
Se algumas são lembranças dos meus medos,
Já outras, resplandecem nacaradas...

A alma de um poeta, quem entende?
De quanto ele precisa, quanto o move,
Em meio à realidade e à fantasia...

Enquanto ao material ele se prende,
A alma ilesa quer mais alegria,
Brincar, dançar, soltar-se. Sim.


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