CANTO NO ARREBOL...

Ah, quem sabe no dia em que a flores voltarem!

Revoltas, alegres no esplendor da estação...

Talvez possa eu sob os seus despertares

Também reflorescer...em pétalas de emoção.

Quem sabe eu seja também como os mares

Que resistem ao vento dos fortes vendavais!

Mistério e beleza... das imunes realezas...

Que enfrentam o tempo... qual os seus ancestrais.

Ah quiçá... se um dia as flores voltarem!

Em plena primavera sob o esplendor do rei sol...

Quem sabe eu possa exalar meu perfume

Como era de costume...por todo o arrebol...

Talvez eu renasça num formato de orquídea

Ou numa sereia escondida...no interior dum atol...