A PAZ DE TEU OLHAR
Como sempre te sinto ao amanhecer
Nesta quentura embaixo do cobertor
Ao acordar neste novo alvorecer
Quando como sempre sinto o teu ardor,
Por teu olhar que me faz estremecer
E lembrar-se de tuas palavras de amor
E então sinto esta vontade de escrever
E registrar o que sinto sob o calor
Do meu corpo em que fazes algo crescer
Como estivesse daí a me dedilhar
E aqui me atingisse sem esvanecer,
Com esse lume que estás a me enviar
No feixe de luz que sem esmorecer
Dão-me paz com esses olhos a brilhar.