VENDEDOR DE LOTERIA

Eu passava sempre naquela esquina
Onde estava um vendedor de loteria
Magro e com estatura pequenina
Ocupado nunca nem me percebia

Talvez, pela fome, a cara fina
Sisudo, nunca mostrava alegria
Não sei se trouxera aquela sina
Vender sonhos na esquina todo dia

Hoje procurei passar bem perto
Para olhá-lo bem próximo e ficar certo
O que ele estava sempre ali fazendo

Qual não foi a minha admiração
O que sempre segura em sua mão
É um livro aberto, pois só vive lendo