SONETO NUMERO UM
A casa da Joana é amarela,
O cavalo de Mané é marrom,
Quero montar no cavalo,
Fazendo de sela um edredom.
Quero bordejar pelas cancelas,
Furar cercas atrás de morenas belas,
Dormir embaixo dos arvoredos,
Sentindo a clorofila das glebas
Quero ser o vento doido nas campinas
Envolver-me neste bucolismo provincial,
E a ninguém dar conta dos meus atos
Quero enveredar-me pela vida
Chupar cana dentro do canavial
E com Joana brincar pelos matos...
Salvador, 05/08/2008
Barret.