resolvi falar...

Resolvi falar da estrada, falar da infinita andança.

Dos dias cruéis de caminhada, em que o samba é a única tristeza que balança

E os passos que só se fazem firmes, àqueles que agüentam tolerantes

Todas as provações de sorte, que a vida nos prova errante

Resolvi falar dos dores, falar das lamentações.

Daquilo tudo enigmático, misterioso

Que é presente em todos os corações

Marcados a ferro e fogo, sem ser mesmo curioso

Traçar o que existe

Mas perdurar à eternidade

O velho espírito triste

Sem medida, e sem idade

Mas que em toda evolução persiste

A busca sem motivo, de uma palavra chamada felicidade