PESCADOR (cor)
(corrigido)
PESCADOR
Chega de longe a procura do reverendo,
Galope corisco e queimando as ventas.
Não percebe nem quem lhe está vendo
Mas de súbito a correria vira passadas lentas.
Não se sabe quem é o cavalheiro taciturno,
Emissário oculto de algum malfeitor.
Veste escura camufla-se noturno
Andarilho solitário, sedento de amor.
Sopra-lhe aos ouvidos o vento frio
Envolvente, provocando imenso calafrio,
Até aos bens vestidos e agasalhados.
Não fala nada se espera que “adivinha”,
Onde se vê o final é a ponta da linha,
Depois do anzol, agarra-se os pescados.
Goiânia, 31 de março de 2006.