MINHA ALMA!
Minh’alma evidente se faz, tão imponente
Sensata e zelosa, inventiva em sua solicitude
Terna e imperfeita, também, na atitude
Receosa e tímida luz, revelada e inocente.
E, chora, porém, vive do puro contentamento
Se comove da dor, mas, fruto da necessidade
Quisera ser livre, obsequiosa autenticidade
Deveras insurgente, senão, amável momento.
No íntimo é prazeirosa, benquista e vive
Sonhadora e criança, tão provocante revive
Brinca faceira na amplidão, sensível euforia.
Tão lúdica, por vezes, relutante e triste
Sem destemor ao acaso do caso, resiste
À enigmática fonte do ser, constante alegria.
Pirapora/MG, 02 de agosto de 2008.