Réveillon
Sem sequer lhe ver, passo o dia inteiro!
Mas uma borboleta, comovida,
Deixa, em um vôo, de súbito, o seu cheiro!
E passa o breu a um rosto só espelhar:
"Ligo ou não ligo (...à voz calma, ofegante)?".
Ó vento, apaga verso tão vulgar
(...Que um minuto ocioso é o mal do amante)!
Porém, o que dizer de uma lembrança
Que, sorridente, assalta o vate à lida,
E ainda em ver dormir, jamais descansa?
A um só tempo, de tudo faz um par:
"Lua e sol", "boca e beijo", "eterno e instante"...
(Passando um lago a dois fogos saudar:)
"Certa insônia(?) Romântico rompante"!
a 30-07-08