Verde(s)
É de seu coração, não de seu bucho,
Que, após cem belos golpes (sem punhais),
(Como seiva de tronco espesso) eu puxo
Diretamente às minhas veias mais
Que arfante poesia a ouvido sujo
Ou do(l)ce cantoria por quem rujo,
A manchar quantas páginas co'a tinta
Que poderia estar fazendo graça!
Mas se confundiria co'a devassa
Marca de sangue de uma carne extinta
Entre os que escrevem (pelo menos... nada)!
Ah, mas chega, enfim, dess(t)a far(pa f)r(i)a,
Que almejo, além do ventre ou o peito (à escada),
Mais lhe trazer do mar que me inebria!
a 07-12-06