Soneto II
Por dias a ela assisto, descrente
Faz-me, pois apaixonar em vão
Esta acrossomática invaginação
Esguia, ímpia e onipotente
É natural, indiferente ao meio
Denomino-a desgraça própria
Aneurisma, neoplasia, cólica
Que te livra do racional receio
Há recompensas? Jamais as vi!
Por cegueira, acefalia fatal
Queimo os lábios pra depois sorrir
Por não ser primeiro, nem o final
Esse destino, eu o escolhi
Ou talvez ele que’scolhera mal