SONETO DA FELICIDADE
Ela se aproxima tão faceira e nos redime
Aquieta o coração e translúcida acontece.
Revela-se como dádiva de quem a merece
Se sensível demonstra quem não a oprime.
Galante por vezes, noutras austera e definida
Como símbolo maior, trajetória da realidade.
Reveste-se do insipiente desejo na bondade
De alguém que procura a razão de uma vida.
É para alguns uma bandida, atrevida sensação
Que faz, refaz e intimida, louca e afável sedução
Vigorosa e distraída, ostenta sua superioridade.
Se enorme justifica a inegável e justa perfeição
Qual retrato que santifica o clamor do coração
Que arrebata e se compraz no calor, felicidade.
Pirapora/MG, 28 de julho de 2008.