AO ACASO

Por acaso o Acaso eu conheci.

Surgia assim, do nada. De repente.

Na minha, na sua, na vida de toda a gente.

Sempre a nos dar um presente. Isto logo percebi.

Por que dá presente a todos se nem os conhece?

Uma vez lhe perguntei. Respondeu-me com pouco caso.

Não dou presente. Apenas entrego. E ninguém me agradece.

E continuou. Bons ou ruins, não sei. Escolho ao acaso.

E assim, tal figura, com e seu labor, a vida levava.

Mas naquele dia, pelos cantos, espiando, vi que procurava.

Por sua esposa. Perguntei se já tinha olhado na residência.

Não respondeu. Qual o nome dela? Perguntei, como quem atiça:

Seria a Oportunidade, a Sorte ou seria a Injustiça?

Nenhuma delas. Falou de repente. Minha esposa é a Coincidência!

DRAKKAR
Enviado por DRAKKAR em 23/07/2008
Reeditado em 19/06/2009
Código do texto: T1093566
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