À MINHA MÃE

Mãe, pequena palavra, doce e sublime

E também a maior, pelo muito que se exprime

És minha ventura santa quando o mundo me renuncia

Fazendo-me sentir–se criança como eu já fui um dia.

Tu és poço de bondade, fonte inesgotável

E se busco mais em ti, é porque sei que é mais louvável

Toda histeria se faz fria diante da tua brandura

Se acalentas a minha alma com a tua alma pura.

Tens me zelado sempre,desde as primeiras luas

Mesmo feto, eu registrava todas as pegadas tuas:

“VENTRE ABAIXO,VENTRE ACIMA’

desprendi-me do cordão, mas não do amor que nos irmana

não preciso provar nada, tu bens sabes DONA ANA

que na escuridão da vida, és a luz que me ilumina...