A NOITINHA

À noitinha eternos campos etéreos

Cimérios grifos, tais águias oscilam

Vagamundos coveiros vãos oscitam

Vorazes leões, sequazes cinéreos

No crepúsculo da noite, orvalhado

Ouço risos de um balordo irrisão

Vem trazendo-me as rosas da ilusão

Lindura que a Morte postula em fado

Mais um indigente só e sonhador!

A vacância preenche alcovas - Luz!

Com seu terno objurgando minha grife!

Vagabundo, vagamundo, andador...

No ornato que a noite linda conduz

Padre Nosso! - Lá vai mais um esquife!