Dilúvio
Pedir aos céus para esquecer sua lembrança
Implorar ao vento que leve esta memória
Cair de joelhos diante da Lua, aos prantos, por mudança
Olhar estrelas iluminando a noite e rogar pelo fim da história.
É tudo em vão, mentir para o mundo que disse adeus
Pois quando meus olhos vão por aí levam junto os seus.
Não há força no mundo que me conceda o esquecimento
Apenas o deus-tempo, enquanto cada segundo queima no peito.
De meu paraíso, anjo caído, passou ao inferno,
A me torturar neste jardim tumular.
O que conseguiu foi ser meu tormento eterno.
Dançando sobre sentimentos, fazendo castelos no ar.
Fantasiei um ser tão doce, que se desfez no mar.
Só... tão só, o que não existe fico agora a procurar.