NO POÇO DA ALMA

Porque só a mim é dado entender

E ver quão profunda é minha alma

Me acalma adentrá-la e compreender,

O meu ser desvendar, dar-me à palma.

Da guarda liberto-me um pouco

Do mouco e uivante sussurro,

Dos muros que separam os loucos

Tampouco do meu lado obscuro.

Seguro firmemente vou adiante

Não obstante mantenho o compasso

No espaço componho nova trama.

Me engana esse túnel distante

Avante, amarro, dou novo laço

Retorno a minha vida insana.