Plantio
Com este soneto hoje, 19/07/08, eu venci o
XI Prêmio Cidadão de Poesias - Limeira SP
O céu se abriu para dar a luz a toda Terra.
À noite cerra todo o anil que o Sol produz.
Um véu cobriu a minha cruz que a dor encerra.
E em mim desterra o orgulho vil que ao pejo induz.
Quisera eu ter, a força atroz de algum carrasco,
Sentir o asco, do inimigo mais feroz...
Embrutecer, pôr minha voz sobre um penhasco...
Saber vencer todo perigo e o mundo algoz.
Não é assim, o meu agir sobre esse mundo.
Bem lá no fundo de minh’alma há um ser pra unir
Princípio e fim. Quer ter... Sentir algo profundo.
Por isso avança! Vai em frente! E onde for,
Com seu calor, enleva e acalma o corpo e a mente.
Faz força e lança sua semente. Planta o amor.