CISCO


O mundo é sem limite – sem aresta;

Na fresta do universo é quase nada –

Um átomo que, então, se manifesta,

Por esse macrocosmo em pavorada...

 

Agora ao pôr-do-sol – em minha sesta –,

Correndo pelo ar forte rajada,

De vento em pergunta a mente dada,

Que a alma sem resposta, não contesta...

 

Já somos um milagre um mistério,

Mas sob o espaço azul sidério,

Só uma gota, então, que devaneia...

 

E o sol é um só grão – um asterisco;

Se a Terra ante a galáxia é só um cisco,

Será que n’há um mund’em um grão d’areia?!...

 

 

 16-17/07/08

Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 17/07/2008
Reeditado em 17/07/2008
Código do texto: T1085347
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