Independência

Ó deserto escuro e liqüefeito

Que ultrapassa as fronteiras do pensar,

Fez-se brisa da aurora a me abraçar,

Pesadelo infalível quando deito.

Sentimento voraz de rebeldia,

Dinastia de nossa iguinorância,

Ofuscados sinais de relutância

Na batalha campal por anarquia.

Estandarte de tal mitologia

Roto foi pelos gritos de clemência,

És a prova de tal soberania

Ou motivo da nossa decadência.

Eis que resta esperar que algum dia

Desse sangue se faça independência.

Dedicado a Zé da legnas