Voz do Amor
Gabriel Andrade e Compadre Lemos
Sonhei, um dia, com a mãe perfeita:
Estrada estreita, e ela me guiava.
E, entre as mãos, com que me acariciava,
A minha humilde fronte, então, se deita.
Se tenho fé, se tenho crença ou seita,
Já não importa, pois ela me amava!
Uma palavra, um gesto, era o que bastava,
Pois minha alma está, por fim, refeita.
Eu sei que espreita-me a escuridão,
Mas nada temo, se o perigo é vão,
Tendo, por guia, sua doce voz!
Teme, do mundo, apenas desamor
Pois tens, na senda, seja onde for,
Doce Maria, Mãe de todos nós!
***
Gabriel Andrade é um grande amigo, um irmão que tenho em Juiz de Fora.
Embora insista em dizer o contrário, ele é um grande poeta.
Este soneto fizemos juntos, via MSN.
Obrigado, Compadre, pela oportunidade única!...
Fraterno abraço,