POEMA INCOLOR
Amor, tu na verdade, me és um mero blefe...
Um ser que não existe, um ser que nunca foi!
Apenas eu o finjo no estreito dos meus versos,
E aqui nego-te mais do que Pedro renegou!!
Já na primeira vez... tu me disseste não!
Mentiste quando eu inaugurava a ingenuidade,
Depois...devagarzinho...ao iludir a minha mão,
Jamais me destes cordas para ser realidade!
Amor...tu já bem sabes...sou um poema incolor!
Blefo teu colorido nos meus parcos versos brancos,
E mesmo que eu te pareça um poema multicor...
Desboto atrás das rimas... das que eu jamais alcanço!
Eu busco em versos pobres.. tracejar um rico amor,
Na dor morro blefando... a reboque da saudade.