DOCES ESPUMAS
No tácito declínio de um proscrito,
que vê remota e longínqua a sua paz,
vou adentrando no mar quase infinito,
da força imensa que diz: Tu amarás!
Tentando a fuga, sinto-me incapaz,
tentando os olhos não ver, serei aflito,
tentando o amor viver, sou contumaz,
tentando não me envolver, está escrito.
E o passo leve da noite me alcança,
e me arrebata em sôfregas nuanças,
e pela noite me abraça, entre brumas.
E vejo assim, que a paz não me convém,
vejo-me, pois, morrer querendo bem,
vejo a noite de taças entre espumas.
No tácito declínio de um proscrito,
que vê remota e longínqua a sua paz,
vou adentrando no mar quase infinito,
da força imensa que diz: Tu amarás!
Tentando a fuga, sinto-me incapaz,
tentando os olhos não ver, serei aflito,
tentando o amor viver, sou contumaz,
tentando não me envolver, está escrito.
E o passo leve da noite me alcança,
e me arrebata em sôfregas nuanças,
e pela noite me abraça, entre brumas.
E vejo assim, que a paz não me convém,
vejo-me, pois, morrer querendo bem,
vejo a noite de taças entre espumas.