O QUE ME VAI POR DENTRO
Lílian Maial
O que me vai por dentro nem eu mesma sei:
Por vezes, tenho a relva a verdejar o peito,
Em outras, surge a brasa a encandescer meu leito,
Ou vento de marasmo, com rigor de lei.
O que me vai por dentro é amor que nem guardei,
E dói e explode e queima, e nada é mais perfeito.
Às vezes, feito concha, encobre o que é despeito,
E mostra a outra face, aponta a minha grei.
O que me vai por dentro é um vil caleidoscópio,
Que gira ao belprazer, da dor extrema ao ópio,
Na doce melodia que, a sonhar, adentro.
Nem tudo o que é de mim conserva só coerência
E, como um verso simples, expõe abrangência:
Somente a tua luz é o que me vai por dentro.
********
12/07/08
Lílian Maial
O que me vai por dentro nem eu mesma sei:
Por vezes, tenho a relva a verdejar o peito,
Em outras, surge a brasa a encandescer meu leito,
Ou vento de marasmo, com rigor de lei.
O que me vai por dentro é amor que nem guardei,
E dói e explode e queima, e nada é mais perfeito.
Às vezes, feito concha, encobre o que é despeito,
E mostra a outra face, aponta a minha grei.
O que me vai por dentro é um vil caleidoscópio,
Que gira ao belprazer, da dor extrema ao ópio,
Na doce melodia que, a sonhar, adentro.
Nem tudo o que é de mim conserva só coerência
E, como um verso simples, expõe abrangência:
Somente a tua luz é o que me vai por dentro.
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12/07/08