EU NÃO MUDEI...
Lílian Maial
Eu não mudei, e nada é como antes:
é nova a igreja, e permanece o santo,
pouco milagre e muito desencanto,
nenhuma rima e versos terebrantes.
Eu não mudei, e os verbos ruminantes
guardam segredos de vida e de espanto.
E o meu sorriso se esconde num manto,
que engana o tempo de dias errantes.
Eu não mudei, e sei que teus caminhos
passam tão perto, beiram meus carinhos,
que bem conheces, sórdido contraste!
Se hoje me apontas tamanhas mudanças,
tu nem percebes, de fato, as nuanças:
eu não mudei, mas tu foi que mudaste!
*****
Lílian Maial
Eu não mudei, e nada é como antes:
é nova a igreja, e permanece o santo,
pouco milagre e muito desencanto,
nenhuma rima e versos terebrantes.
Eu não mudei, e os verbos ruminantes
guardam segredos de vida e de espanto.
E o meu sorriso se esconde num manto,
que engana o tempo de dias errantes.
Eu não mudei, e sei que teus caminhos
passam tão perto, beiram meus carinhos,
que bem conheces, sórdido contraste!
Se hoje me apontas tamanhas mudanças,
tu nem percebes, de fato, as nuanças:
eu não mudei, mas tu foi que mudaste!
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