CIÚME
(de Bentinho para Capitu)*
Lílian Maial
Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
Flor perfumada e límpida do olhar,
Botão cigano, rica formosura,
Que em peito pétreo e triste fez brotar!
Oh! Flor cruel! Oh! Flor da desventura!
Feito um punhal cravado em meu penar!
Dissimulada flor, foste a clausura
e, na clausura, foste o meu altar!
Oh! Flor do céu! Oh! Flor tão lazarenta!
Que desabrocha em dúvida sangrenta,
Remodelada ao fio da navalha!
Oh! Flor de ódio e amor! Flor sem juízo!
Dou-te meu riso e choro, se preciso:
Perde-se a vida, ganha-se a batalha!
*********
*soneto classificado para a antologia Litteris/Machado de Assis
(de Bentinho para Capitu)*
Lílian Maial
Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
Flor perfumada e límpida do olhar,
Botão cigano, rica formosura,
Que em peito pétreo e triste fez brotar!
Oh! Flor cruel! Oh! Flor da desventura!
Feito um punhal cravado em meu penar!
Dissimulada flor, foste a clausura
e, na clausura, foste o meu altar!
Oh! Flor do céu! Oh! Flor tão lazarenta!
Que desabrocha em dúvida sangrenta,
Remodelada ao fio da navalha!
Oh! Flor de ódio e amor! Flor sem juízo!
Dou-te meu riso e choro, se preciso:
Perde-se a vida, ganha-se a batalha!
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*soneto classificado para a antologia Litteris/Machado de Assis