Desejo Carnal
Inesperado encontro d’ almas castas
que a solidão, esta serpente, aproxima,
misturando auras, inebriantes olores
e inocentes carismas ... em fortuitos amores,
Na dourada cor de tua esplendorosa seiva
que em vinho de raro sabor se transforma
de Buritis que sois ... tomas nova forma,
pote de luxuria que de carnal desejo transborda!
E qual Quixote em busca de tua doce Dulcinéia,
que em seu sinete uma pontiaguda lança hasteia
e com garbo estilo, firmemente Rocinante monta,
quando encontra a fogosa e cobiçada amada,
o coração debilitado desse guerreiro incendeia
e o baixo muro da prudência ... já não conta.
Urias Sérgio de Freitas