Ilusões
Oh! alma incauta e invigilante
Que te deixas prender tão facilmente
A sonhar te pões imprudente
Buscando em sonhos ilusões constante
Oh! alma pura e amante
Que teimas em buscar incoerente
Sensações por certo sem correspondente
Em devaneio louco e vacilante
Oh! alma que esqueces num instante
Valores da tua luta incessante
Para se entregar a pretensão mirabolante!
Oh! alma tola e insignificante
Por que arder de amor assim incendiante
Sem qualquer reciprocidade dignificante.