Soneto V
Opala do cristal carbonífero
Por que por olhos tu me fagocita?
Se o cheiro do amor é mercaptana
Do que sente o corpo e depois vomita
Cristalino que não me desvia, diga-me
Qual é, pois o mal que me deseja?
“Este não lhe quero, quisera apenas
Ser a herpes que tua boca beija”
Qual herpes? Vive-se sem lábios!
O ectoderma não me dera o prazer
A solidão é o lazer dos sábios
Mulher ingênua, deixa-te viver
Inverte a rota destes teus estrábicos
Excreta o amor que fizeras nascer