ORAÇÃO DOS FAMINTOS




Oh, pai nosso, que sempre estás no céu,
crucificado, morto e sem nome,
dizei-me se é verdade tanta fome
e só fartura a poucos, tanto mel...


Quando será a vez dos humilhados,
daqueles que exalam o último alento,
buscando no teu olhar um alimento,
já que na terra não foram saciados.


Pão nosso de cada dia que nos falta,
vedes quem tanto acumula e se exalta
e ainda busca a terra prometida.


Recebeu a terra, o poder e a sorte;
quem sabe um dia lhe devolva a morte
toda amargura que causou na vida...

Ravatsky
Enviado por Ravatsky em 05/07/2008
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