SONETO DO AMOR FUGAZ

Quando a manhã se vai e o dia fica cinza

Em cinza se faz o amor onde havia fogo

Pouco importa se fizer um verso ranzinza

Uma promessa falsa ou elogio demagogo...

A carruagem passou e deixa-se de subir

Perde-se em algum desvio até a saudade

Alguma estrela de repente deixou de luzir

O sonho não se transformou na realidade

Você pára para imaginar como seria se fosse

Se ocorresse do jeito que talvez pudesse ter sido...

Será que teria o amargor um sabor mais doce?

Que seria da paixão quando tornasse a paz?

Será que a felicidade teria mesmo ocorrido?

Quanta dúvida fica depois de um amor fugaz.

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 04/07/2008
Reeditado em 04/07/2008
Código do texto: T1064898
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