O AMOR

Soneto recuperado. Feito em 1973.

O meu amor bate aflito no peito

Como um deus que tudo quer e nada alcança

E ainda eu vendo o meu ultimo sonho desfeito

Eu guardo comigo u’a única esp’rança.

Como u’a vida bem cheia de dor e lembrança

Eu vivo guardando este amor com um jeito

Trazendo a vida esta grande confiança

De amar sempre com um fervor e respeito.

De que vale a vida sem um grande amor

Se nunca aparece outra para entregar

O amor com alegria e com um bom fervor?

Será que viverei sempre assim um deus?

E só chorarei quando o amor chegar?

E só sorrirei quando der o seu adeus?...