Quero andar sobre floridas estradas
e deixar as marcas dos meus pés no relvado,
percorrendo as matas enlameadas,
as chuvas escorrendo do céu nublado
E assim sentir o odor das flores nos prados
espalhando no espaço seu perfume,
nos matagais nunca antes desbravados,
esquecendo os resquícios do queixume
É certo, essa estrada não leva a nada
é somente curso de rota desviada,
mas nos sonhos não é assim que nós sentimos?
Por que buscar sempre o prático e o concreto?
Não somos robôs movidos por decreto
É fraqueza o sonho e a quimera? Assumimos!